top of page

SUSPEITA DE INFARTO OBRIGOU VARIG A

POUSO DE EMERGÊNCIA

O professor universitário Germano Schüür, de Caxias do Sul, viveu momentos de pânico em vôo internacional e até hoje é grato à calma e à gentileza da tripulação da Varig

Jornal Zero Hora, 23 de abril de 2006 (Lúcia Ritzel)

Historia Germano Infarto.jpg

O médico Sócrates e Schüür (D) diante do Teatro Amazonas.

Foto: Fátima Martinato

Quando embarcou, no Rio de Janeiro, rumo a Cancún, no final de julho de 1998, o professor universitário e fotógrafo Germano Schüür, morador de Caxias do Sul, acreditava estar começando férias tranqüilas.

A viagem ao paraíso caribenho tinha o objetivo de compensar um período de intenso estresse. Além disso, ficaria para trás o inverno gaúcho. Mas uma indisposição durante o vôo e o diagnóstico equivocado de uma médica levaram Schüür a protagonizar um movimentado episódio, que ele guarda na lembrança como exemplo do bom atendimento da Varig.

Durante a madrugada, o avião quase deixando o espaço aéreo brasileiro e a tensão acumulada nas semanas anteriores capturaram Schüür: a pressão arterial caiu bruscamente, e ele começou a passar mal. Sem conseguir entender direito o que estava acontecendo, ouviu apenas a aeromoça perguntar pelo microfone de bordo se havia algum médico na aeronave. Alguns instantes e uma cardiologista carioca dava o diagnóstico. "Este senhor está tendo um infarto", disse a médica.

Por causa dessa sentença, o comandante decidiu fazer um pouso de emergência em Manaus, apesar dos protestos do fotógrafo:

"Eu sabia que não havia nada de errado com o meu coração. Eu só estava tendo uma indisposição por causa do estresse" - conta Schüür.

Mas nada demoveu o comandante e a tripulação, que passou a cercá-lo de todos os cuidados. O aeroporto de Manaus teve de ser ativado, de madrugada, para que o avião pousasse. O gaúcho foi levado ao hospital local, fez exames (que afastaram a possibilidade de doença cardíaca) e dormiu em um bom hotel da cidade. Até tirou foto com o médico cardiologista Sócrates, que o atendeu na cidade.

No dia seguinte, novos exames e, quando obteve liberação, embarcou para São Paulo para retomar a viagem. Anos mais tarde, graças a um trabalho acadêmico realizado por um aluno da Universidade de Caxias do Sul (UCS), pôde calcular quanto custou o desvio de rota e as novas passagens para ele e sua mulher: US$ 15 mil, hoje o equivalente a R$ 32 mil. Ao ler sobre as recentes dificuldades da Varig, Schüür decidiu divulgar o episódio:

- Sempre achei que devia algo à Varig. Essa é a minha maneira de agradecer à empresa, que considero muito humana - disse a Zero Hora, do Rio de Janeiro, onde está passando férias.

Adendo complementar feito por Germano Schüür (não presente na matéria da ZH): Além de providenciar o retorno à capital paulista, a VARIG forneceu novos bilhetes para nosso destino final, com conexão via Miami (USA), de onde por conta da VARIG e, graças a sua interferência, pela empresa empresa aérea MEXICANA, chegamos a Cancún. Tudo com direito à milhagem (Smiles). Em Cancún perguntamos aos companheiros de viagem do dia anterior  como foi a vinda a Cancún: "Péssima, deu um treco no coração de um coroa que estava no avião, que nestas alturas já deve estar enterrado a sete palmos em Manaus. Este desvio de rota nos atrasou quatro horas", se apressou em dizer um dos turistas brasileiros.

O coroa enterrado era eu...

bottom of page